Regressam os festivais que celebram as várias facetas da cultura minhota: o Festival Castro-Galaico, de 10 a 12 de julho, com propostas musicais assentes na tradição popular e nas raízes castreja, celta e galaica; o Sons do Noroeste, a 23 e 25 de julho, que traz à cidade três dias de música de raiz ou com origem entre o Norte de Portugal e a Galiza; e ainda o Este Oeste, que privilegia a identidade sonora eclética de Braga, junto às margens do Rio Este. Segue-se, no final do mês, o projeto experimental Extremo, com lugar na Falperra. Programado para o dia 26 de julho, este festival foi desenvolvido em colaboração estreita com o município de Guimarães, e privilegia a música eletrónica experimental, destacando no seu cartaz nomes como William Basinski,
Destacam-se outras escolhas artísticas que levarão a arte e a cultura até aos espaços públicos da cidade. É o caso do festival de circo contemporâneo Vaudeville Rendez-Vous, cuja programação passa pelas principais cidades do Minho — desde Braga, a Guimarães, a Barcelos e a Vila Nova de Famalicão. Inaugurado a 31 de maio, também o festival de arte e arquitetura Forma da Vizinhança continuará a programar ativações recorrentes nos pavilhões desenhados pelos arquitetos convidados, de julho a novembro, com os artistas Zabra, Frame Coletivo, A Recolectora, Soraia Gomes Teixeira e Landra.
Outros locais improváveis para ativações artísticas incluem os centros comerciais de primeira geração da cidade. O projeto Shopyard Summer School convida 30 jovens de 17 nacionalidades para repensar o destino destes espaços, entre 18 e 25 de julho, acompanhados pelos ateliers OITOO (Porto), BUREAU (Lisboa/ Genebra) e OUEST (Bruxelas).
Para além da programação extensiva planeada para aquele que é já um marco do panorama cultural bracarense, a Noite Branca de Braga (5 a 7 de setembro) inclui alguns projetos específicos desenhados pela Braga 25. A Arruada #3, um projeto Clube Raiz, junta vários grupos de percussão em forma de procissão e de comunhão pela cidade, desta vez com a Orquestra de Dispositivos Eletrónicos e o grupo Outra Voz (Guimarães) em palco, para uma mescla de universos e códigos sonoros próprios.
Ainda em setembro, a Capital Portuguesa da Cultura apresenta, no âmbito do Cinex, o cineconcerto “Naquele Dia em Lisboa”, de Matthew Herbert e Daniel Blaufuks. Este filme é uma fotografia expandida no tempo, a partir de películas descartadas em 1940 pelo diretor de fotografia, Eugen Schüfftan, mais tarde vencedor de um Óscar. A música de Matthew Herbert dialoga com as imagens e o tempo da narrativa de Daniel Blaufuks. Este é um espetáculo único, em estreia no Theatro Circo, num encontro expandido entre cinema e música e música e imagem.
Os programas de mediação continuarão a ser um foco de trabalho para o próximo trimestre, com um forte programa de visitas guiadas aos vários projetos da Braga 25, promovidas pelo do Programa de Mediação e pela Destino4All, e ainda as visitas noturnas ao Theatro Circo.
Co-produções, estreias e o último trimestre de 2025
O incontornável festival de música exploratória e media arts Semibreve é também um dos destaques do programa da Braga 25 até ao final do ano. Celebrando 14 edições em 2025, o cartaz apresentado de 23 a 26 de outubro leva nomes como Actress & Suzanne Ciani, Ava Rasti, aya, entre outros. O alinhamento completo será revelado em breve.
De 14 a 23 de novembro e sob o mote “toda a literatura é uma utopia”, a cidade recebe mais uma edição do Utopia Braga. Como já tem vindo a ser habitual na programação deste festival literário, em 2025 o Utopia continuará a promover atividades de leitura, apresentações de livros, cursos, oficinas, concertos, performances e atividades lúdicas destinadas aos mais novos. O programa completo será conhecido em breve.
O último trimestre de 2025 promete espetáculos inéditos. Marco Martins estreará um espetáculo no Theatro Circo, nos últimos meses do ano. Enquadrado no programa Cenários, numa co-produção Teatro Nacional Dona Maria II, a peça A Vida Secreta dos Velhos, estreado no Festival d’Avignon no ano passado, tem apresentação marcada para a sala bracarense centenária. Finalmente, a Companhia Nacional de Bailado também estará programada no programa da Braga 25 com as três obras Shechter/ Wellenkamp / Naharin.