Entre o nascer do sol do dia 26 de julho e a madrugada do dia 27 de julho, o festival Extremo propõe uma jornada de 20 horas de exploração do som na fonteira entre Braga e Guimarães, no monte da Falperra. Concertos, instalações site specific, performances, oficinas e visitas guiadas compõem o programa, que integra a Braga 25 Capital Portuguesa da Cultura.
O Extremo é um itinerário guiado pelo sol, em jeito de peregrinação entre os Sacromontes no limite entre Guimarães e Braga. Inicia-se às 6h00 do dia 26 de julho com uma performance-manifesto construída por Cody XV, músico sediado em Braga, com cenografia de Diogo Mendes e curadoria do coletivo bracarense Estudo do Meio.
Segue-se o concerto Dies Irae, de Maria W Horn, na capela de Santa Marta das Cortiças, apresentado em formato inédito, com quatro cantoras portuguesas: Mariana Caldeira Pinto, Maria João Vieira Leite, Mariana Vital e Maria Bustorff.
O momento de abertura do festival é reservado a 50 pessoas – inscrições já esgotadas – que serão depois convidadas para uma caminhada (a partir das 8h00) pelo monte da Falperra, ao longo da qual se depararão com as performances site specific do coletivo portuense Berru e da artista sonora e investigadora Cláudia Martinho.
No final da caminhada, junto da capela de Santa Marta do Leão, o público pode assistir aos concertos de Alexandre Centeio (11h30), multi-instrumentista e artista sonoro, e Gordan (12h30), trio que propõe uma fusão entre as vozes tradicionais dos Balcãs (da histórica Svetlana Spajic) com feedback e sons gerados eletronicamente, a cargo de Guido Möbius e Andi Stecher.
A manhã termina com a ativação de Sistema Sonoar, projeto multidisciplinar do coletivo Sonoscopia (patente entre as 13h00 e as 21h00), que tem como epicentro um órgão de tubos automático instalado na capela de Santo António.
A peça da Sonoscopia será o palco de uma das três oficinas – também já esgotadas – do Extremo, onde se incluem uma oficina de pão artesanal, pela padaria Mãe na Massa, e uma oficina de pigmentos naturais pelo coletivo Cave, além de uma visita guiada ao complexo da Falperra pelo historiador de arte Eduardo Pires de Oliveira.
O programa do Extremo inclui ainda um Concerto Para Olhos Vendados, por Luís Antero (18h00), experiência sensorial única que terá como palco a icónica capela de Santa Maria Madalena da Falperra, tendo por base uma residência artística com enfoque no património deste território.
Quem também esteve em residência no território foi a compositora Clothilde (19h30), que apresenta em Braga o seu novo dispositivo ao vivo, num concerto que acontece igualmente na capela de Santa Maria Madalena, antecipando o pôr-do-sol.
À noite, sobem ao palco, junto da capela de Santa Marta do Leão, Ghosted (22h00), uma das mais transcendentes colaborações da música dos nossos dias, com três figuras incontornáveis da música exploratória: Oren Ambarchi, Johan Berthling e Andreas Werliin; e William Basinski (23h15), mítico músico norte-americano, um dos mais aclamados nomes da música eletrónica ambiental do nosso século.
O Extremo encerra com um Live Act a cargo de M3STR, produtor e DJ emergente do Porto, com curadoria da comunidade artística independente de música eletrónica, Dark Sessions, nascida em Braga.
Extremo integra o programa da Braga 25 Capital Portuguesa da Cultura. O Município de Guimarães também colabora na organização, que tem ainda como parceiros a Irmandade da Falperra, Paróquia de S. Tiago de Esporões e as juntas de freguesias de Longos (Guimarães), Esporões (Braga) e União de Freguesias de Nogueira, Fraião e Lamaçães. O festival tem produção e curadoria da Capivara Azul – Associação Cultural.