Antes da existência dos jornais online ou das redes sociais, os quiosques urbanos eram locais de transmissão de informação, de encontro, de colecionismo e de mexericos, onde as últimas novidades, notícias e acontecimentos se espalhavam pela cidade. Contudo, com as novas formas de consumo de informação, muitos destes quiosques tornaram-se obsoletos e ficaram desocupados. Ao longo deste processo de digitalização, que coleções ficaram esquecidas nas gavetas? Que histórias sobre a cidade de Braga ficaram por contar?

 

Em resposta a estas questões, o projeto Contra-Quiosque convidou cinco artistas nacionais e internacionais – Emília Rigová, Hilda de Paulo, Maria Trabulo, Marta Machado e Miguel Teodoro – para explorar coleções ou acervos menos conhecidos ou convencionais da cidade. A investigação artística conduzida por estes cinco artistas será realizada em dois períodos de residência (um em dezembro de 2024 e outro em março de 2025), culminando numa instalação artística que será exibida num quiosque desocupado da cidade, com inauguração prevista para março de 2025, no âmbito da Braga 25.

No próximo dia 7 de dezembro, entre as 15h e as 17h30, os curadores do projeto Fernando P. Ferreira e Daniel Pereira (Space Transcribers), juntamente com os cinco artistas em residência, participarão numa conversa aberta ao público na sala de conferências do Arquivo Distrital de Braga.

A entrada é gratuita e a conversa será realizada em inglês.

Lotação: limitada à lotação do espaço

O projeto Contra-Quiosque convida artistas a ocuparem quiosques em abandono da cidade através de investigações de arquivo e coleções pessoais ou institucionais de Braga de modo a desvendar e a debater narrativas que ficaram fora do discursos e representações predominantes, nomeadamente migrantes, comunidades multiculturais, grupos LGBTQIA+, e espécies mais que humanas.