O projeto “O que fazemos com isto?” procura abordar os múltiplos passados e silêncios coloniais a partir de olhares e vivências distintas. Com início em 2024 serão desenvolvidos vários objetos artísticos em Braga, entre os quais um livro e uma performance, com base no encontro entre jovens, artistas e veteranos de guerra. O projeto trabalhará de forma contínua com jovens que tenham ligação a Braga e/ou a países de língua oficial portuguesa. Em Novembro de 2025, durante dois dias, serão apresentados estes diferentes objetos artísticos, assim como será organizado um momento de pensamento e reflexão.

CONVOCATÓRIA: GRUPO DE DISCUSSÃO E CRIAÇÃO ARTÍSTICA

Esta convocatória tem como objetivo receber inscrições de jovens a partir dos 17 anos, que tenham ligação a Braga (seja por estudo, trabalho ou residência) e/ou a países de língua oficial portuguesa, e que estejam interessados em participar num grupo de discussão e criação artística em torno de questões coloniais portuguesas, 50 anos após o 25 de abril. Este grupo irá encontrar-se com convidados/as com diferentes perspetivas sobre este tema como por exemplo o escritor Ondjaki (Prémio José Saramago 2013). A partir deste grupo propõe-se a criação de um livro de contos originais, de uma performance, de um ciclo de conversas e de leituras públicas.

Informações sobre o projeto

  • Quem pode participar?

Jovens a partir dos 17 anos, que tenham ligação a Braga e/ou a países de língua oficial portuguesa.

  • Como faço para participar?

Basta preencher o formulário disponível aqui 

  • Como sei se a minha inscrição foi aceite?

Existem 25 vagas para o grupo. As inscrições serão aceites por ordem de submissão. Os participantes irão receber um email de confirmação de inscrição.

  • Tens dúvidas?

Esclarece-as até ao dia 10 de outubro de 2024, através deste e-mail:

info@braga25.pt

Próximo encontro

O próximo encontro do grupo de discussão e criação artística será já no dia 5 de novembro, às 18:00 no Bar Sé La Vie e contará com a presença da investigadora e ativista Kitty Furtado.

Ana Cristina Pereira (aka Kitty Furtado) é crítica cultural empenhada na diluição de fronteiras entre academia e esfera pública. Tem curado mostras de cinema (pós)colonial e promovido a discussão pública em torno da Memória, do Racismo e das Reparações, sendo criadora e coordenadora da Oficina de Reparações (mala voadora, Porto, 2023). É investigadora do CECS, onde desenvolve o seu projeto individual The Black Gaze e é professora convidada da FBAUP. Faz parte da equipa curatorial da representação de Portugal na Bienal de Veneza 2024, no âmbito da qual é curadora do programa Biomes. É membro ativo da COST Action 19129 – Decolonising Development: Research, Teaching, and Practice (2020-24) e também é membro do GT de Cultura Visual da SOPCOM de que foi coordenadora entre 2019 e 2024 sendo, nessa qualidade, subdiretora da VISTA: revista de Cultura Visual. Entre outros textos e edições de números especiais publicou, com Rosa Cabecinhas, o livro “Abrir os gomos do tempo: conversas sobre cinema em Moçambique” (2022).