Da mesma forma que a integração europeia esbateu fronteiras nacionais, este projeto pretende diluir os limites entre dois municípios, entre géneros artísticos, e entre arte e natureza.
Extremo alia experiências sónicas e música, testando fronteiras sonoras no ambiente natural entre Braga e Guimarães. O projeto vai ter lugar numa geografia peculiar: os Sacromontes, um conjunto de santuários e promontórios localizado na fronteira entre Braga e Guimarães. Aqui, vamos explorar criticamente o contributo desta paisagem para a definição cultural da região, enquanto analisamos a relação entre território, som e arte.
O festival terá o formato de uma viagem de um dia, assemelhando-se a uma curta peregrinação, com um programa de percursos sonoros, bem como sessões de sonorização e escuta ativa nos caminhos entre os Sacromontes. A igreja barroca de Santa Maria Madalena, situada na Falperra, no exato limite entre os dois concelhos – curiosamente, uma parte do edifício pertence a Braga e outra a Guimarães –, será o epicentro do programa artístico, com performances eletrónicas e eletroacústicas.
Toda a programação promove o conceito de slow tourism, convidando os visitantes europeus a descobrirem este território e despertando o público local para o seu património verde.
Curadoria: Capivara Azul
