Quando o pai de Tiago Rodrigues se encontrava hospitalizado, nas últimas semanas de vida, foi visitado regularmente por Teresa, uma voluntária que passava o tempo a conversar com os pacientes, ajudando a combater a solidão da doença. O dramaturgo e encenador ouviu o pai falar desses encontros e do desejo de escrever um livro sobre as suas experiências no hospital. Já tinha até um título: No Yogurt for the Dead. Os Mortos Não Comem Iogurtes.
Depois da morte do pai, Tiago Rodrigues abriu um caderno que o pai tinha deixado para ver o que lá tinha escrito. A sua mão devia estar demasiado fraca — eram apenas rabiscos. Foi então que decidiu escrever esta peça, sobre uma voluntária que ouve as histórias de um homem prestes a morrer e sobre o livro que ele nunca chegou a escrever.