Após uma primeira edição, que proporcionou em 2024 residências artísticas a cinco artistas ou companhias da região, cujos trabalhos finais estão a ser apresentados ao longo de 2025, o programa regressou com uma convocatória de âmbito nacional, que esteve aberta de 12 de fevereiro a 12 de março.
Com um financiamento total de 39.000€, foram selecionados três projetos na área das artes performativas – dois dirigidos ao público geral e um ao público infantojuvenil – abrangendo as disciplinas de Teatro, Dança e Cruzamento Disciplinar. As residências artísticas deverão decorrer ao longo deste ano, culminando na apresentação pública dos trabalhos em 2026.
A seleção das propostas esteve a cargo de um júri composto por Mickaël de Oliveira (dramaturgo, encenador, programador e codiretor artístico do Coletivo84), Laura Lopes (programadora de artes performativas do Teatro do Bairro Alto) e Maria Inês Marques e Sara Borges, em representação da equipa do Theatro Circo.
Os projetos selecionados são:
– “GOLDENLADY” (Título Provisório), de Mercedes Quijada
Público Geral / Dança e Cruzamento Disciplinar
Sinopse: Mercedes Quijada e Melina Koulia, uma espanhola e uma grega, dançam em diálogo com um coro feminino, evocando a memória de múltiplas identidades mediterrânicas. Seus corpos absorvem visões e respondem ao canto ancestral com gestos depurados, inspirados no flamenco e nas artes marciais. Numa dança vibrante, transitam entre a exaustão e a delicadeza, revelando a essência partilhada do ser mulher, num cruzamento entre tradição e contemporaneidade.
– CAPRA – or how to say hello to fear, de Roxana Mihaela Lugojan
Público geral / Teatro
Sinopse: “CAPRA – or how to say hello to fear” é um espetáculo que parte de uma tradição ancestral pagã da memória coletiva romena e moldava – a cabra do ano novo. Um ritual de enterro do antigo e recepção do novo – sempre em festa. Através da reinvenção desta tradição, a história desafia os limites do real: quatro mulheres tentam superar os seus maiores medos ao enfrentar a entidade/personagem Frica. O que existirá para lá dos nossos medos?
– ASSIMÉTRICO, de Beatriz Valentim
Público infantojuvenil / Dança
Sinopse: Inspirado em American Utopia de David Byrne, “Assimétrico” pretende ser um espetáculo que desperta os adolescentes para a importância da música, da sua história e das suas formas de criar e de dar a ouvir. O corpo é o instrumento relacional para a construção de um dueto, num trabalho paralelo com adolescentes participantes. Beatriz convida uma compositora a criar música para que possam investigar e construir corpos-instrumentos destas composições que, em si, emergem das movimentações corporais.
Atas da convocatória disponíveis para consulta:
Ata 09/04/2025 / Anexo 09/04/2025
Ata 29/04/2025 / Anexo 29/04/2024